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domingo, 23 de abril de 2023

Carro em fuga de perseguição policial bate e capota no Imirim

 Por: jornalista Jânio Pires - abril/2023

No início da madrugada de quinta-feira (20) um carro que estava em fuga de uma perseguição policial, bateu em um veículo estacionado na via pública e capotou. O ocorrido foi na Rua José de Oliveira, altura do nº 1000 no Imirim. No carro perseguido estavam cinco homens, dois deles, condutor e passageiro dianteiro (suspeitos sequestradores) e no banco traseiro três homens vítimas do sequestro.

Logo após o acidente, minutos antes da chegada da viatura que realizava a perseguição, os bandidos se evadiram do local. 

As vítimas que estavam no carro foram socorridas pelo resgate do Corpo de Bombeiros, de quem receberam os primeiros socorros e encaminhadas ao PS da região, onde seguiram internadas em observação.



As vítimas do sequestro são, um motorista de caminhão e dois ajudantes que estavam aguardando a chegada de uma carga em um posto de gasolina na Rodovia Fernão Dias na tarde de quarta-feira, onde foram abordados e anunciado o sequestro.

Os bandidos rodaram sem destino, desde a tarde do sequestro, as 14h até a madrugada do acidente.

Imagens das câmeras de segurança de moradores vizinhos ao local, mostram o momento do acidente e a chegada da viatura em seguida. Outro vídeo e fotos de um morador mostram o carro que estava estacionado atingido e o capotado e, ainda a chegada do resgate do Corpo de Bombeiros ao local.










Fonte: Gazeta do Povo - Reprodução total do Artigo, J.R. Guzzo - A casa caiu: foi o próprio governo Lula que armou a baderna do 8 de janeiro



 A verdade começou, finalmente, a aparecer. Depois de três meses de esforços desesperados, por parte do presidente Lula, do seu sistema de apoio e do Supremo Tribunal Federal, para esconder essa verdade da população, a casa caiu e os fatos vieram à luz do dia. Não demorou, quando se pensa com alguma frieza sobre o assunto; eles queriam ocultar essa verdade para sempre, e não conseguiram aguentar muito mais que 90 dias. Também foram incompetentes, pois seu grande plano não deu certo. Não há dúvida nenhuma, enfim, sobre o que houve.

As imagens gravadas, e publicadas no maior furo jornalístico da CNN desde que iniciou as suas atividades no Brasil, mostram o general Gonçalves Dias, homem da confiança pessoal de Lula, em atitude de colaboração com os invasores que vandalizaram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A “tentativa de golpe” e os “atos terroristas” contra os edifícios dos Três Poderes em Brasília foram feitos com a participação, ou com o incentivo, ou com a cumplicidade, de agentes do próprio governo. É por isso que Lula e o PT passaram os últimos meses lutando com tanta ferocidade para impedir a CPMI que a oposição quer abrir – e agora vai abrir – sobre o que realmente aconteceu naquele dia.

Não estamos diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia. 

Desde o começo essa história toda pareceu esquisitíssima. Tentativa de “golpe militar”? Não poderia ser: as Forças Armadas estavam a favor de Lula e contra os manifestantes – a prova é que mentiram para eles e se juntaram à polícia para enfiar na cadeia quem estava na frente dos quartéis em Brasília. É o exato contrário: as imagens gravadas mostram um general do Exército, e chefe supremo dos serviços de segurança do governo, circulando passivamente no meio dos invasores, enquanto seus subordinados ofereciam a eles cortesias e garrafas de água. Os crimes cometidos no dia 8 de janeiro não interessavam à oposição, nem “ao Bolsonaro”. Serviam apenas para Lula se fazer de vítima e jogar a mídia numa frenética tempestade de denúncias contra a “direita” – e a favor da repressão cada vez mais ilegal que o STF, transformado em delegacia de polícia, faz contra os acusados em seus inquéritos.

Com a revelação da verdade, até agora escondida como um segredo de Estado, as coisas se explicam: foi o próprio governo, com a participação direta de militares que estão ao seu serviço e juram todos os dias que defendem a “legalidade”, quem armou a baderna do 8 de janeiro. Está provado no mínimo que foi omisso, não fez nada para evitar as invasões (embora soubesse com antecedência que elas iriam acontecer) e tinha um efetivo ridículo para cumprir o seu dever de defender os edifícios atacados. Dá na mesma, em termos práticos.

Os crimes cometidos no dia 8 de janeiro não interessavam à oposição, nem “ao Bolsonaro”. Serviam apenas para Lula se fazer de vítima. 

Tudo fica ainda mais claro quando se verifica que o general foi demitido do cargo no dia em que a CNN publicou os vídeos. Se não fez nada de errado, por que raios foi demitido? E se era culpado, o que estava fazendo dentro do Palácio do Planalto durante esse tempo todo? Não há saída para isso; é xeque-mate. O governo, o PT e os seus militantes na mídia, como fazem em 100% de histórias como essa, desde o primeiro flagrante em que Lula foi pego, estão tentando dar a desculpa sempre absurda de que ele “não sabia” de nada. Se não sabia, por que passou quase todo o seu governo lutando de modo tão furioso para impedir a CPMI? Vendeu cargos, fez ameaças, usou o presidente do Senado como um serviçal para violar prazos e deveres legais, na tentativa de enterrar a comissão. Agora, depois dos vídeos, quer fugir. Não convence uma criança de dez anos de idade.

Tão mal quanto Lula, seu governo e os militares fica o STF. O ministro Alexandre Moraes, no momento mais destrutivo que a Justiça brasileira já viveu em sua história, prendeu 1.400 pessoas pelas invasões em Brasília, mantém até hoje 200 delas encarceradas e começou um espantoso julgamento dos acusados por “lotes” de 100 ou 200 pessoas de cada vez – coisa que simplesmente não existe em nenhuma lei conhecida no mundo. Os advogados, para efeitos práticos, estão impedidos de defender os seus clientes. Pessoas que nem estavam no local dos crimes foram presas, são obrigadas a usar tornozeleiras e já cumpriram – antes mesmo de serem julgadas – mais da metade da pena máxima prevista para o delito de que são acusadas. 

Muitos fizeram exatamente o que o general Gonçalves Dias foi flagrado fazendo – deram um passeio pelo Palácio do Planalto, com bandeira do Brasil nas costas, no dia 8 de janeiro. Na injustiça mais escandalosa de todas, o ex-secretário de Segurança de Brasília, que estava nos Estados Unidos no dia dos crimes, está preso há três meses – e o general de Lula, que estava dentro do palácio, está solto, ou esteve solto durante esse tempo todo.

Como sustentar, por três minutos, que alguma coisa dessas seja legal? Como sustentar, sequer, que sejam lógicas? O ministro Alexandre, como Lula, também vai dizer que “não sabia” dos vídeos, nem das omissões, nem de nada? Não estamos, como diz a maioria da mídia, diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia.

Fonte: Gazeta do Povo - Reprodução total do Artigo, J.R. Guzzo

J.R.Guzzo é jornalista. Começou sua carreira como repórter em 1961, na Última Hora de São Paulo, passou cinco anos depois para o Jornal da Tarde e foi um dos integrantes da equipe fundadora da revista Veja, em 1968. Foi correspondente em Paris e Nova York, cobriu a guerra do Vietnã e esteve na visita pioneira do presidente Richard Nixon à China, em 1972. Foi diretor de redação de Veja durante quinze anos, a partir de 1976, período em que a circulação da revista passou de 175.000 exemplares semanais para mais de 900.000. Nos últimos anos trabalhou como colunista em Veja e Exame.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

BRASIL, DA PROCLAMAÇÃO À PROFANAÇÃO DA REPÚBLICA - 15 DE NOVEMBRO DE 2019

Desde tenra idade, cultuo minha ancestralidade com respeito e gratidão por minha existência, sempre os exaltei, sobretudo pelo que nos mostra a história, por desejarem um país mais justo, soberano, com igualdade de direitos políticos e sociais sob todos os aspectos à todos os brasileiros. Família quatrocentona, de essência  Republicana onde meu trisavô, Francisco Xavier de Almeida Pires (Chico Pires), representando a delegação de Botucatu, foi um dos 133 membros participante da I Convenção Republicana de Itu em 18 de abril de 1873, o que sempre me causou orgulho, principalmente por ter em meu DNA princípios e propósitos republicanos. Hoje, fazendo uma profunda reflexão sobre a atual conjuntura politica brasileira, não tenho a mesma certeza de que, tanto eu, assim como eles, teríamos o mesmo orgulho, a mesma expectativa. Muito me entristece ao ver que em tão pouco tempo de existência  da República, apenas 130 anos, a imaturidade dos "pseudos notáveis governantes" que, com tamanha desfaçatez transitaram pelo poder central, sem nunca pensarem ou contribuírem para o desenvolvimento e o progresso da nação, para o crescimento econômico e social e em seu povo laborioso; pensaram apenas no projeto de se manterem no poder, onde se locupletaram as custas do sangue e do suor destes trabalhadores que ajudaram e ajudam a construir essa imensa, rica e grandiosa nação que se chama Brasil.

Jânio Pires 
Jornalista

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A ORIGEM DA DATA DE ANIVERSARIO DE TUCURUVI

A ORIGEM DA DATA DE ANIVERSÁRIO DO TUCURUVI
Por Jânio Pires

Em meados da década de 1980, com a abertura do regime foi iniciado o processo de redemocratização no país. Um ar renovado começava a ser respirado, o clima de mudanças e esperanças ressurgiu nos cidadãos. A sensação de liberdade e o desejo de expressar pensamentos contagiaram a todos. Os movimentos sociais começavam a se organizar por todos os cantos e lugares; nas cidades, no campo, nos sindicatos, associações de moradores de bairro e agremiações estudantis. Enfim, era o início do fim de uma etapa de transformações a que foi submetido o povo brasileiro.

Nesse cenário, por iniciativa espontânea de um grupo de moradores, convencidos da pouca importância dedicada pelo poder publico da época à região, foi reativada a Sociedade Amigos do Progresso de Tucuruvi – SAPT - entidade fundada na década de 50 que se tornou inativa após 1967. Os baixos investimentos em saúde, educação, segurança, cultura, esporte e lazer, infraestrutura e transportes, refletiam-se em uma espécie de isolamento da Zona Norte em relação a outras regiões da cidade.

Em 1981, esse grupo de moradores, preocupado com o descaso das autoridades, se organizaram e constituíram uma diretoria para a SAPT, composta com as seguintes pessoas: Janoares Camargo, Jânio Pires, Pedro Andrade, Wagner de Azevedo Marques, José Alencar, Elisabete Leite Nogueira, Armando Bonano, Waldemar Neves, Sidnei Augusto, Norberto Guerra, Terezinha Vilanova e outros, os quais resgataram uma serie de documentos históricos que traziam detalhes da origem e memórias de Tucuruvi.

De posse deste material, Pedro Andrade, Jânio Pires e Wagner de A. Marques, debruçaram-se sobre ele, e a partir de uma analise mais minuciosa, chegaram à conclusão que o marco principal se deu pela compra das terras de propriedade de Claudino Inácio Joaquim pelo engenheiro inglês Willian Harding, promotor da implantação do primeiro núcleo de povoamento no entorno da antiga estação Tucuruvi do trem da Cantareira - o famoso trenzinho foi o agente facilitador que contribuiu para o povoamento do bairro. Esta escritura era datada de 24 de Outubro de 1903.

Desta forma, em 1983, a SAPT, em caráter oficioso, estabeleceu a data como referência do aniversário de fundação do Tucuruvi. Sua oficialização se deu somente 11 onze anos mais tarde, instituído de acordo com a Lei Municipal Nº 11.481 de 24 de fevereiro de 1994, quando passou a fazer parte do Calendário Oficial de Eventos do Município de São Paulo. 

Em outubro de 1983, promovida pela SAPT, se deu a primeira, talvez a maior e mais importante festa de aniversario do Tucuruvi. Celebração que comemorou o 80º aniversário do bairro com atividades festivas simultâneas e variadas modalidades, categorias e segmentos. Com caráter reivindicativo envolvendo todos os movimentos sociais, culturais e esportivos da região. Das atividades desenvolvidas podemos citar:
I Seminário de Assuntos Comunitários, Concurso Escolar sobre Historia do Tucuruvi, Exposição de Pinturas e Artesanato, Desfiles de Bandas e Fanfarras, Competições Esportivas, Mostra de Cinema e Fotos, Apresentações Musicais e Teatro, Homenagens às famílias tradicionais, antigos moradores, comerciantes e trabalhadores que fixaram residência e constituíram suas famílias no bairro.

A partir dos anos 90, com a implantação do modelo neoliberal, os movimentos sociais formados por entidades e associações, foram enfraquecendo em áreas urbanas e mais centrais. As comemorações de aniversário passaram a ser sem conteúdo reivindicativo e perderam sua essência inicial que estabelecia a correlação de forças políticas da comunidade em relação ao governo, tornando-se cada vez mais de caráter oficial (Chapa Branca), até se tornar, como é hoje.